A doença de Peyronie é caracterizada pela formação de placas fibróticas no pênis, causando curvatura, encurtamento e, em alguns casos, dor e disfunção erétil. Diversas abordagens terapêuticas têm sido estudadas para minimizar esses efeitos, sendo duas das principais opções as injeções de colagenase clostridium histolyticum (CCH) e o plasma rico em plaquetas (PRP). A seguir, uma comparação entre as duas abordagens.

🔬 1. Mecanismo de Ação

CCH (Colagenase Clostridium Histolyticum)

  • Atua quebrando as fibras de colágeno presentes na placa fibrótica.
  • Reduz a rigidez da placa, permitindo a retificação do pênis com o auxílio de modelagem manual e tração.
  • O tratamento padrão envolve até 8 aplicações, feitas em ciclos ao longo de algumas semanas.

PRP (Plasma Rico em Plaquetas)

  • Obtido do sangue do próprio paciente, contém fatores de crescimento que estimulam a regeneração tecidual e redução da inflamação.
  • Tem um papel potencial na remodelação da placa fibrótica, promovendo a substituição do tecido fibroso por colágeno mais maleável e funcional.
  • Geralmente aplicado em múltiplas sessões e pode ser combinado com outras terapias, como ondas de choque ou dispositivos de tração.

Conclusão: Enquanto a CCH dissolve ativamente o colágeno da placa, o PRP busca modular a inflamação e promover regeneração, tendo um efeito mais gradual e menos agressivo.

🏥 2. Eficácia Clínica

CCH

  • Estudos mostram redução da curvatura entre 17% e 34%, dependendo da gravidade do caso e da associação com tração peniana.
  • Apresenta resultados mais expressivos para curvaturas acima de 30°.
  • A eficácia é melhor quando associada a fisioterapia peniana (modelagem e tração).

PRP

  • Ainda não há ensaios clínicos robustos que demonstrem uma redução significativa da curvatura como ocorre com a CCH.
  • Estudos preliminares sugerem melhora da dor, da inflamação e possível remodelação da placa, mas com efeito menos previsível na correção da curvatura.
  • Pode ser mais eficaz quando usado em estágios iniciais da doença, prevenindo a progressão da fibrose.

Conclusão: A CCH tem evidências clínicas mais sólidas para a redução da curvatura. O PRP pode ser útil para casos iniciais ou como terapia adjuvante.

🩺 3. Segurança e Efeitos Colaterais

CCH

  • Os principais efeitos adversos incluem hematomas, dor, inchaço e, em casos raros, ruptura do corpo cavernoso (o que pode levar a disfunção erétil).
  • É um tratamento seguro quando realizado por especialistas experientes.

PRP

  • Como o PRP é autólogo (vem do próprio paciente), o risco de reações adversas é mínimo.
  • Os efeitos colaterais são leves e limitam-se a dor local e pequeno inchaço temporário.

Conclusão: O PRP tem um perfil de segurança superior, mas a CCH oferece uma redução mais significativa da curvatura.

📉 4. Indicações Principais

Característica

CCH

PRP

Redução da Curvatura

✅ Sim

⚠️ Possível, mas menos previsível

Tratamento da Inflamação

❌ Não

✅ Sim

Melhora da Dor

⚠️ Sim, mas não é o foco

✅ Sim

Tratamento para Estágios Iniciais

❌ Não

✅ Sim

Tratamento para Placas Estabilizadas

✅ Sim

⚠️ Potencial, mas menos eficaz

Conclusão: A CCH é indicada para curvaturas mais graves e estabelecidas, enquanto o PRP pode ser útil para estágios iniciais e como coadjuvante.

⚖️ Conclusão Geral: Qual é Melhor?

  • Se o objetivo principal for reduzir a curvatura peniana de forma significativa, a CCH é a opção com maior respaldo científico.
  • Se o foco for modular a inflamação, reduzir a dor e melhorar a qualidade do tecido peniano, o PRP pode ser uma alternativa segura e promissora.
  • Em muitos casos, a combinação das duas abordagens pode trazer benefícios, utilizando o PRP para melhorar a recuperação tecidual após o tratamento com CCH.

Para um tratamento eficaz e personalizado, a escolha ideal depende do estágio da doença, da gravidade da curvatura e das condições clínicas do paciente. O acompanhamento com um especialista em medicina sexual é essencial para determinar a melhor abordagem. 🚀

REFERÊNCIA:

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