Para avaliar a eficácia e segurança do dispositivo de tração peniana (DTP) no tratamento de pacientes com doença de Peyronie estável (DP) em comparação com um grupo sem intervenção, um total de 93 pacientes com DP estável crônica (sem disfunção erétil, sem dor significativa e com uma curvatura unidirecional de pelo menos 45° sendo estável por mais de 3 meses) foram recrutados e acompanhados por um período de 12 semanas. Desses pacientes, 47 foram aleatoriamente designados para o grupo DTP e 46 para o grupo sem intervenção (GSI).

Foram solicitados aos pacientes, aplicar o DTP de 3 a 8 horas por dia durante 12 semanas consecutivas, com instruções específicas sobre o aumento progressivo da força de tração aplicada ao pênis ao longo do tempo.

O desfecho primário do estudo foi a alteração no grau de curvatura medida no estado totalmente ereto após a injeção intracavernosa de alprostadil no início e posteriormente com 1, 2 e 3 meses. Outras variáveis, como tipo de curvatura, comprimento do pênis esticado (NPS), escores do Questionário de Doença de Peyronie (PDQ), domínio da função erétil do escore do Índice Internacional de Função Erétil (IIEF-EF) e eventos adversos (EAs) também foram avaliados em cada visita.

RESULTADOS

Quarenta e um pacientes no DTP e 39 no GSI completaram o estudo. Houve uma redução geral na curvatura de 31,2° ao final de 12 semanas em comparação à linha de base no DTP, representando uma melhoria de 41,1% em relação à linha de base, que se correlacionou significativamente com o número de horas diárias em que o dispositivo foi aplicado maneira dependente.

Os pacientes que usaram o dispositivo por menos de 4 horas por dia apresentaram uma redução de 15° a 25° (média de 19,7°, melhora de 28,8%; P <0,05), enquanto os pacientes que usaram o dispositivo acima de 6 horas por dia apresentaram maior redução da curvatura, variando 20° a 50° (média de 38,4°, 51,4% de melhora; P <0,001). Por outro lado, nenhuma mudança significativa na curvatura foi observada no GSI. Além disso, o NPS aumentou significativamente no DTP em comparação com o basal e comparado com o GSI, variando de 0,5 a 3,0 cm (média de 1,8 cm; P <0,05). O escore IIEF-EF também melhorou em pacientes no DTP (em média 5 pontos). EAs leves ocorreram em 43% dos pacientes, como desconforto local e dormência na glande.

CONCLUSÃO

O uso da terapia de Tração Peniana, um tratamento não invasivo, deve ser oferecido a pacientes com DP estável por 3 meses consecutivos antes de realizar qualquer cirurgia corretiva, pois isso proporcionou uma redução significativa da curvatura, um aumento no comprimento do pênis e uma significativa melhora dos sintomas e incômodo induzido pela DP.

[…]Esses dados sugerem que a tração peniana pode ser benéfica para pacientes que desejam evitar cirurgia ou injeções intralesionais. Esses dados não determinam se a redução na curvatura é durável. Além disso, a inconveniência do dispositivo pode ser proibitiva para muitos homens. É necessário acompanhamento adicional desses pacientes, bem como estudos usando injeções intralesionais combinadas.

– Michael H. Johnson, MD

Fonte: https://www.practiceupdate.com/content/penile-traction-therapy-with-the-penimaster-pro-is-effective-and-safe-in-the-stable-phase-of-peyronies-disease/81512

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