Transtorno Dismórfico Corporal (TDC) ou dismorfofobia é um problema que atinge uma boa parcela da população mundial e se tornou muito comum hoje em dia. O TDC é uma patologia que está ligada à preocupação excessiva com um defeito corporal mínimo ou inexistente, que leva o paciente a ter mal-estar clinicamente significativo e até à desintegração social, profissional, emocional ou em qualquer outra área. Ou seja, o paciente crê que seu “defeito” é a causa de toda sua infelicidade. A doença foi descrita pela primeira vez pelo médico italiano Enrico Morselli, em 1886.

O transtorno não deve ser confundido com uma preocupação normal com a aparência mas os limites são muito subjetivos, por isso a doença é difícil de diagnosticar, segundo os psiquiatras. A origem desse transtorno é genética e neuroquímica, mas o ambiente em que a pessoa está inserida também tem influência importante, especialmente durante a infância e a adolescência, períodos em que o bullying é comum.

Dismorfofobia Peniana Existe?

dismorfofobia peniana é a razão pela qual cerca de 95% dos pacientes nos procuram no consultório. Por ser um transtorno da percepção e valorização corporal, leva o paciente a ter uma preocupação exagerada com seu pênis, a ver pequenez em pênis normais ou até mesmo maiores que a média. Hoje, até adolescentes vêm nos procurar, mesmo sem ter tido relações sexuais, porque imaginam ter pênis pequeno e, portanto, insatisfatório para a parceira.

E essa é uma realidade no consultório: homens com pênis normais à grande, mas com uma necessidade de emocional de ter um pênis ainda maior. Mesmo que um especialista esteja ali, na frente, garantindo que uma cirurgia de aumento de pênis não é necessária, que o pênis dele é maior que 90% da população masculina, ainda assim ele sente que falta algo.

Como é um produto mental deslocado para o corpo, a dismorfofobia leva a pessoa a buscar soluções estéticas em plásticas e exercícios físicos. Em muitos casos, o indivíduo com TDC se torna tão obsessivo com a falha do corpo imaginária que tem repercussões negativas significativas em sua vida. Ele pode chegar ao ponto de deixar de sair de casa de casa e de relacionar-se normalmente com outras pessoas. Em casos mais extremos pode tentar o suicídio, tal é o nível de sofrimento subjetivo pelo qual passa. E nenhuma quantidade de confiança pode convencer um indivíduo com TDC que o defeito percebido não é real. Em estágios considerados leves e moderados, a cirurgia plástica ou de aumento peniano pode servir como parte do tratamento para esses pacientes. Casos mais graves precisam de acompanhamento de psicoterapeuta e psiquiatra.

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Há uma busca incessante em saber o que realmente o dismorfóbico deseja e o que é possível cientificamente ser realizado, considerando os aspectos éticos, legais e sociais, idade e raça do paciente e também o treinamento do profissional. A aparência e, mais especificamente, o parecer com “pênis grande”, assume uma importância fundamental no período pós-cirúrgico e o resultado estético ou cosmético dos genitais construídos emerge como uma das preocupações peculiares à cirurgia. As técnicas cirúrgicas são empregadas no sentido de tornar o pênis o mais próximo possível da necessidade cosmética do dismorfóbico, mantendo a sua função reprodutora e urinária.

Quando chegam casos de dismorfofobia no consultório, procuro mostrar os gráficos, explico que a cirurgia não é necessária, faço tudo para convencê-los. Desses, muito poucos vão efetivamente para cirurgia porque minha ideia é mostrar que não há necessidade e que, se insistirem, pode haver problema em perder centímetros. Também fazemos encaminhamento para psicólogos mas a grande maioria dos pacientes não segue a recomendação. A maioria, no entanto, não acredita que precisa de tratamento psicológico; não consegue entender que estão doentes na autoestima e que precisam se tratar. O que eles querem é uma solução prática: “vou ser operado, vou ganhar alguns centímetros e isso vai resolver meu problema”.

Dr. Marcio Dantas de Menezes

Cirurgião Vascular (CRMSP 111379)

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